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miragem - arte cinemática na paisagem 2022

A Miragem - arte cinemática na paisagem, cuja 3ª edição acontece entre 3 a 10 de setembro de 2022, na ilha do Pico, Açores, compreende projeções de filmes numa tela instalada em distintas paisagens da ilha, ao ar livre, bem como um conjunto de oficinas criativas que não só informam o ciclo de filmes a projetar, como estabelecem um vínculo entre o programa e o contexto natural e cultural local.

O programa proposto pela Miragem para a edição de 2022 procura centrar-se nas questões levantadas pelo som quando em relação à imagem em movimento, bem como da musicologia neste mesmo contexto. Numa aproximação da imagem em movimento à prática artística mais vivida na ilha do Pico - a música -, cada sessão procura dar enquadramento a distintas especificidades do trabalho de som em relação às imagens. Do som como mecanismo da construção narrativa a cantos de trabalho; do imaginário do som da matéria vibrante da terra vulcânica, ao filme silencioso que agora encontra os sons do entorno desta tela instalada na paisagem. Trata-se de um programa que propõe uma aproximação à natureza de forma sensível, relacionando as suas diversas formas de expressão com a complexidade das emoções humanas e dos processos culturais e políticos, com um enfoque no papel do som e da música nesses mesmos processos.





Programa





05/09/22


21h30 | Mata dos Dragoeiros
- Luz, Clarão, Fulgor - Augúrios para um Enquadramento Não Hierárquico e Venturoso, de Sílvia das Fadas 

*projecção-performance em 16mm acompanhada de música ao vivo com Robert Blatt



06/09/2022


21h30 | Fonte da Silveira
- A Casa, A Verdadeira E A Seguinte, Ainda Está Por Fazer , de Sílvia das Fadas
- ¿Qué Es Para Usted La Poesía?, de Cecília Vicuña
- Ty Ty - Memórias De Beija Flor, de Denilson Baniwa




07/09/22


21h30 | Cabrito
- Moon´s Pool, de Gunvor Nelson
- Merapi, de Malena Szlam
Montañas Ardientes Que Vomitan Fuego, de Helena Girón e Samuel M. Delgado
- Irmandade, de Helena Girón e Samuel M. Delgado
- Apresentação dos resultados da oficina Todas as células da terra e do corpo vibram, com Helena Girón e Samuel M. Delgado



08/09/22


21h30 | Fogos - parque de lazer
- Think About Wood, Think About Metal, de Manon de Boer
- Notes From Light Music, de Lis Rhodes
- What Is The Sound Of One Hand Clapping?, de Liliane Lijn



09/09/22


21h30 | Baía de Canas
- A Historical Sketch Of Indian Women, de Mani Kaul
- Working Songs - Sugar Cane, de Leon Hirszman

- Pedreira de São Diogo, de Leon Hirszman
- Nelson Cavaquinho, de Leon Hirszman



10/09/22


21h30 | Maré das Lajes do Pico

- Moldar o Eco, apresentação da Oficina Criativa com João Polido e performance colectiva
- Polifonias – Paci È Saluta, Michel Giacometti, de Piere-Marie Goulet




Luz, Clarão, Fulgor - Augúrios Para Um Enquadramento Não- Hierárquico e VenturosoSílvia das Fadas, 2022

“Procuro por augúrios enquanto olho teimosamente as ruínas de uma comuna. Por exemplo: “clima favorável aos errantes”. Caminho através dos tempos, gravando erraticamente imagens e sons através da espacialidade caleidoscópica do Alentejo, uma região com nome de rio, para além de um rio. Como caminhar oferece encontros inesperados e co-presenças, missivas são enviadas de e para as margens. Por exemplo: “cultivar órgãos para a alternativa”. Os meus sentidos são parciais, precários e fragmentários, mas não a minha orientação: trava-se uma luta quotidiana pelo fulgor e eu quero fazer parte dela. Contra um firmamento de desapropriação de terras, corpos e laços sociais, estamos a preparar-nos. Por exemplo: “De nível!” O fulgor é móvel, a comunidade prefigurada é dispersa e diversa. Através de dissenso e associações de afinidade, autonomia e reencantamento, a oferenda do cinema possibilitar-nos-ia florescer livres de imposições hierárquicas.” - S.F.


A Casa,  A Verdadeira E A Seguinte, Ainda Está Por FazerSílvia das Fadas, 2019

Um percurso por lugares que desafiam a superfície do mundo. Por ordem de aparição: um palácio ideal construído por um carteiro após as suas rondas de trabalho; uma casa encarnada desenhada por um agitador socialista; uma torre pacifista erigida a contra-pêlo da História; um jardim exuberante engendrado no feminino; e um cemitério feliz, a conjurar uma comunidade de iguais nos confins da Europa. Para que se arrisque a alegria por aqueles que agem no seu próprio tempo.


¿Qué Es Para Usted La Poesía?
Cecília Vicuña, 1980

A artista e poetisa chilena Cecilia Vicuña pergunta a mendigos, prostitutas, polícias, jovens universitários e transeuntes "O que é, para ti, a poesia?” As respostas surpreendentes que recebe revelam a riqueza da cultura oral em Bogotá, Colômbia.


Ty Ty - Memórias De Beija FlorDenilson Baniwa, 2021

UNeste filme, falo sobre a livraria. E o que é a livraria? Não é nada além de uma grande floresta transformada em histórias, os livros são partes de árvores. As folhas das árvores, as páginas dos livros. E o livro é a casca da árvore transformada em histórias que nos encantam, que nos tocam, que partilhamos, com as quais aprendemos. E para que as livrarias e a ficção existam, precisamos de árvores. A possibilidade de reflorestar para que as nossas histórias permaneçam livres. Ainda precisamos do que é natural. De nos tornarmos mais como árvores. Para pegar num livro e ler debaixo de uma árvore. Aprender com as árvores.


Moon’s PoolGunvor Nelson, 1973

Moon’s Pool conhece um lírico uso da película para retratar a procura de identidade e resolução do ser. Filmado dentro da água, os corpos vivos mesclam-se com paisagens naturais que criam modificações de humor potentes e imagens a emergir do inconsciente.


Merapi
Malena Szlam 2021


Deslocando-se para trás e para a frente em torno do vulcão, Merapi é marcada pela presença silenciosa do ronco e lava Monte Merapi, na Indonésia. Quase sempre no centro, o vulcão escorrega frequentemente para trás das nuvens, um fantasma. A obra é silenciosamente estruturada em torno da impressão ondulante do vulcão nos seus arredores: fumo através das árvores, o quebrar da chuva contra as suas encostas e a rica fertilidade dos seus solos. Uma obra tão sensível à mudança de luz nos redemoinhos de grão e atmosfera de 16mm, como à vivência no horizonte do vulcão, situado perto da densamente povoada Yogyakarta.


Montañas Ardientes Que Vomitan FuegoHelena Girón e Samuel M. Delgado, 2016

O interior da terra tornou-se um refúgio contra a ameaça que se aproximava cada vez mais da ilha. Os tubos vulcânicos serviram de vasos de comunicação entre o tempo e o espaço. É neles que se experimenta a resistência.






Irmandade
Helena Girón e Samuel M. Delgado, 2019


Uma Irmandade de fantasmas esconde-se por baixo das camadas do tempo. Através dos manuscritos ilustrados de Vasco da Ponte, procuramos um passado mítico: um que ressoa de forma subterrânea entre uma paisagem cheia de presenças invisíveis que são ativadas e assumem uma vida própria cada vez que pensamos nelas. A revolta Irmandiña - uma revolta camponesa em massa que teve lugar na Galiza durante o século XV - precedeu muitas das revoltas que se espalharam por toda a Europa no alvorecer da modernidade. Em Narahío, procuramos os vestígios desta comunidade de dissidentes. O rio Castro, localizado sob a fortaleza dos Andrade, destruída e depois reconstruída para castigar os habitantes locais que participaram na revolta, serve de canal, ativando os vestígios deste tempo. Usando longas exposições, com uma câmara manual os movimentos fundem-se com os dos sujeitos dos retratos, gerando um líquido e mutável magma que avança com cada vibração. A paisagem sonora é composta por gravações de campo que incluem gravações com hidrofones no rio Castro.










Todas As Células Da Terra E Do Corpo Vibram
performance colectiva

Em Todas as células da terra e do corpo vibram explora-se a paisagem sonora da ilha do Pico, gerando uma memória sonora do entorno através da escuta ativa e de gravações de campo sobre o próprio território da ilha. O Pico, partilha com as ilhas Canárias, foco do trabalho destas realizadoras, algumas particularidades naturais, como a sua origem vulcânica. Esta conexão une-as através da memória abissal que guardam os minerais que compõem estas ilhas. Procurando articular uma conexão possível entre estes territórios através do ouvido e da visão, as pessoas que participarem da oficina aprenderão técnicas de gravação sonora de campo, e familiarizar-se-ão com a projecção de película de 16mm, com a finalidade de realizar uma performance coletiva que os involucre na elaboração de uma experiência cinematográfica onde se invoca um ritual de luz e de imersão sonora sobre o território. As imagens utilizadas para a performance em 16mm e a serem acompanhadas pelo som que resultou das gravações sonoras feitas na ilha do Pico, serão imagens filmadas pelas artistas convidadas durante as erupções do vulcão de La Palma, estabelecendo-se assim uma relação entre os dois territórios vulcânicos.

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Think About Wood, Think About MetalManon de Boer, 2011

Think About Wood, Think About Metal é um terceiro retrato cinematográfico de uma trilogia, cujos outros dois títulos são Sylvia Kristel – Paris (2003) e Ressonating Surfaces (2005). Em cada filme descobrimos o retrato de uma mulher diferente e, aqui Manon de Boer leva-nos ao encontro da percussionista Robyn Schulkowsky. Um retrato poético de Robyn Schulkowsky, que trabalhou com John Cage, Karlheinz Stockhausen, John Zorn e Christian Wolff. As suas improvisações de percussão ocupam uma parte importante do filme. Ritmo e estrutura não-linear do tempo são explorados para as considerações de conceitos mais abstratos como memória, história e vida.



Notes From Light Music
Lis Rhodes, 1975

Uma versão comprimida, de ecrã único, da famosa fusão de som e imagem de Lis Rhodes. Light Music foi mostrada num formato de ecrã único de 16 mm, em 1976. Esta versão é uma tradução digital. A 'partitura' está dividida em cinco movimentos que se caracterizam pela sua diferente duração, tom e acentuação dos sons.

 


What Is The Sound Of One Hand Clapping? Liliane Lijn, 1974

Este é um filme de Koan. O título é retirado de um koan japonês, que é um problema de meditação zen. O filme concentra-se numa série de esculturas cónicas que foram usadas como objetos de meditação ou de como esvaziar a mente. Relacionei este problema com o problema espacial de como desmaterializar um volume em vibração. Uma seção do meu trabalho de 1964 a 1972 é mostrada cronologicamente neste filme. Todas estas obras são cónicas e todas tentam de uma forma ou de outra esvaziar a mente e dissolver a matéria.



A Historical Sketch Of Indian Women
Mani Kaul, 1975

Neste documentário que se debruça sobre o papel da mulher na Índia de 1975, sentimos os ecos dessa época até aos nossos dias. De questões de direitos reprodutivos ao papel da mulher no trabalho, assistimos por breves momentos a um grupo de mulheres a cantar enquanto ceifam arroz.



Cantos De Trabalho – Cana-De-Açúcar
Leon Hirszman,  1974-1976

Ao mesmo tempo em que transformam a natureza, certa atividades humanas, pelo seu caráter sazonal, cria manifestações culturais e artísticas muito particulares pela dimensão e ritmo que contêm. Leon Hirszman registra na região de Feira de Santana, Bahia, as cantorias dos trabalhadores da cultura da cana-de-acúcar.




Pedreira de São Diogo
Leon Hirszman, 1962

O primeiro filme de Leon Hirszman é um dos episódios da longa-metragem Cinco Vezes Favela, realizado pelo Centro Popular de Cultura da União dos Estudantes, no início da década de 1960. O episódio acompanha o drama e a insurgência dos trabalhadores de uma pedreira carioca, perante a ordem de intensificar as explosões, o que poria em risco a população que habitava os barracos situados no alto do morro da favela.



Nelson Cavaquinho
Leon Hirszman, 1962

Um retrato do quotidiano do sambista Nelson Cavaquinho. A sua casa, a sua família e a sua música melancólica no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro.





Polifonias – Paci È Saluta, Michel Giacometti
Piere-Marie Goulet, 1998
- com apresentação de Teresa Garcia

Uma viagem pela experiência e pelas raízes de uma das mais fortes manifestações da cultura popular portuguesa – o canto polifónico alentejano. Evocando Michel Giacometti (etnomusicólogo da Córsega cujo trabalho pioneiro em Portugal foi decisivo para o conhecimento e a própria relação dos portugueses com a sua música tradicional), o filme interroga as origens do “cante” no contexto da cultura mediterrânea, confrontando-o nomeadamente com a tradição polifónica da Córsega. No oposto de um documentário descritivo, trata-se, acima de tudo, de um filme de cumplicidades e de encontros, e
sobre a admirável experiência do canto como encontro, como esta raramente foi filmada.





Moldar O Eco
performance colectiva, 2022

Moldar o Eco é uma oficina dirigida pelo músico e compositor João Polido a acontecer no âmbito da edição de 2022 da Miragem - arte cinemática na paisagem e em parceria com o Centro de Formação Artística do Município da Madalena, com a Escola Municipal de Música das Lajes e com várias Sociedades Filarmónicas da ilha. Com Moldar o Eco, João Polido propõe olhar para o Cancioneiro Açoriano e daí partir para uma indagação sobre práticas de composição musical alternativas, de modo a refletir acerca de materiais e repertórios sonoros locais e tradicionais. Pretende-se abordar este repertório de modo a que se transforme em novas peças musicais, numa tentativa de ir além de uma mera representação e repetição da tradição. Seguindo este esquema experimental de composição musical, olhamos para questões de percepção, naturalização de processos artificiais (políticos) no desenvolvimento de tradições populares e, consecutivamente, propomos estratégias coletivas de autodeterminação dessas mesmas tradições.






Oficina Criativa #2


Moldar o Ecocom João Polido


Oficina criativa com músico e compositor João Polido em parceria com o Centro de Formação Artística do Município da Madalena, a Escola Municipal de Música das Lajes e Sociedades Filarmónicas da ilha do Pico.

Moldar o Eco é uma oficina dirigida pelo músico e compositor João Polido a acontecer no âmbito da edição de 2022 da Miragem - arte cinemática na paisagem e em parceria com o Centro de Formação Artística do Município da Madalena, com a Escola Municipal de Música das Lajes e com várias Sociedades Filarmónicas da ilha. Com Moldar o Eco, João Polido propõe olhar para o Cancioneiro Açoriano e daí partir para uma indagação sobre práticas de composição musical alternativas, de modo a refletir acerca de materiais e repertórios sonoros locais e tradicionais. Pretende-se abordar este repertório de modo a que se transforme em novas peças musicais, numa tentativa de ir além de uma mera representação e repetição da tradição. Seguindo este esquema experimental de composição musical, olhamos para questões de percepção, naturalização de processos artificiais (políticos) no desenvolvimento de tradições populares e, consecutivamente, propomos estratégias coletivas de autodeterminação dessas mesmas tradições. O trabalho de criação musical da oficina divide-se em dois momentos, o primeiro a acontecer entre os dias 15 e 20 de Agosto e o segundo entre 3 e 9 de setembro. A apresentação pública do resultado da oficina acontecerá no dia 10 de setembro na Maré das Lajes do Pico e no dia 11 de setembro na vila da Madalena, ambas no horário das 20:30.



João Polido

João Polido é um compositor e artista da Marinha Grande. Vive e trabalha em Lisboa. As suas performances e apresentações incluem 12a Bienal de Berlim - KW Institute for Contemporary Art, 2022 (DE) - Replica Song; SONSBEEK20→24, 2021, Arnhem (NL), Force Times Distance, On Labour And Its Sonic Ecologies, Ledreborg Palace, ANTECHAMBER, Ledreborg 2021 (DK) – live mixing de peça sonora multi-canal, Throughout a Durational Performance; BoCA – Biennial of Contemporary Arts, CCB – Centro Cultural de Belém, 2021, Lisboa (PT) Overlapses, Riddles & Spells – música ao vivo para performance de Andreia Santana, António Poppe e Vânia Doutel Vaz, Essay; Rádio Quântica, 2021, Lisboa (PT), mix para Leveza rádio; MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, 2021, Lisboa (PT) - Água Pública – performance para programa Vulnerable Beings; RUHR DING, Bochum (DE), 2019, Territorien: Composition.



















Oficina Criativa #3



Todas As Células Da Terra E Do Corpo Vibram com Helena Girón e Samuel M. Delgado


Oficina criativa de 3 a 7 de setembro, das 14h30 às 17h30, com ponto de encontro no Museu dos Baleeiros e com passagem por outros pontos da ilha para captação de som. Apresentação pública dos resultados a 7 de setembro, 21h30, com as realizadoras Helena Girón e Samuel M. Delgado, de participação gratuita, aberta ao público em geral.


Na oficina criativa Todas as células da terra e do corpo vibram explora-se a paisagem sonora da ilha do Pico, gerando uma memória sonora do entorno através da escuta ativa e de gravações de campo sobre o próprio território da ilha. O Pico, partilha com as ilhas Canárias, foco do trabalho destas realizadoras, algumas particularidades naturais, como a sua origem vulcânica. Esta conexão une-as através da memória abissal que guardam os minerais que compõem estas ilhas. Procurando articular uma conexão possível entre estes territórios através do ouvido e da visão, as pessoas que participarem da oficina aprenderão técnicas de gravação sonora de campo, e familiarizar-se-ão com a projecção de película de 16mm, com a finalidade de realizar uma performance coletiva que os involucre na elaboração de uma experiência cinematográfica onde se invoca um ritual de luz e de imersão sonora sobre o território. As imagens utilizadas para a performance em 16 mm e a serem acompanhadas do som resultado das gravações sonoras na ilha do Pico serão imagens em película filmadas pelas artistas convidadas durante as erupções do vulcão de La Palma, estabelecendo-se assim uma relação entre os dois territórios vulcânicos.



Helena Girón e Samuel M. Delgado

Helena Girón, originária da Galiza e Samuel M. Delgado, das ilhas Canárias, vivem e trabalham como dupla a partir de Madrid. O seu trabalho investiga as relações entre mitologia, história e materialismo. A sua primeira longa-metragem, Eles transportan a morte (2021), foi exibida e premiada em vários festivais de renome internacional, como Festival de Veneza, Roterdão IFF, Festival de San Sebastián, Festival do Cairo, Mar del Plata, Viennale, Hamburgo ou São Paulo. As suas curtas-metragens foram exibidas em festivais como Toronto, Locarno, Nova Iorque ou Ann Arbor entre muitos outros. Produziram instalações e performances em centros de arte contemporânea como CCCB (Barcelona), BAM (Nova Iorque), TEA (Tenerife) ou Galeria Solar (Vila do Conde).