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miragem - arte cinemática na paisagem 2024


A Miragem - arte cinemática na paisagem, cuja 4ª edição se conjura entre 18 a 20 de julho de 2024, na ilha do Pico, Açores, compreende projeções de filmes em várias paisagens da ilha, ao ar livre. Ao propor a instalação da tela em diferentes entornos da ilha, a Miragem convida a um re-enquadramento do olhar, situando assim a reflexão sobre a imagem, sobre a natureza e sobre a paisagem — que existe em torno e na tela, bem como no espaço singular que surge entre elas.

Na edição de 2024, o programa da Miragem convida à reflexão sobre as relações humanas e animais, localizando-as nas atuais e históricas narrativas das comunidades humanas da ilha com as mais-que-humanas. Instiga-se ao pensamento sobre os modos de vida dependentes dessas mesmas relações: das práticas de domínio e extração ao apelo à imaginação de possíveis mundos de convivência. Sendo historicamente marcada pela caça da baleia e absolutamente dependente, na contemporaneidade, das vidas de vários mamíferos, do mar e da terra, quais as formas de vida conjunta entre espécies hoje ali praticadas e quais outras poderão ser radicalmente ensaiadas na ilha do Pico, no arquipélago dos Açores? 








Programa





18/07/24


20h00 - 21h30 | Matinha do Cabrito (estrada do Cabrito)
Jantar convívio

21h30 | Matinha do Cabrito (estrada do Cabrito)
- Escuridão Escuridão, Queimando Brilhante (Darkness Darkness, Burning Bright), de Gaëlle Rouard




19/07/2024


18h00 - 20h00 | Lagoa do Caiado
- sessão de plantação de endémicas na Lagoa do Caiado, numa parceria com a Secretaria Regional do Ambiente e das Alterações Climáticas, através do projeto LIFE BEETLES. 

20h00 - 21h30 | Lagoa do Caiado
- jantar convívio

21h30 | Lagoa do Caiado
- A vaca que rumina (La vache qui rumine), de Georges Rey
- Mau leite (Mala Leche), de Naomi Uman
- O que os humanos vêem como sangue, os jaguares vêem como chicha (Lo que los humanos ven como sangre, los jaguares ven como chicha), de Luciana Decker




20/07/24


21h30 | escoada lávica junto à Ermida do Cabrito 
- Som sobre a Água (Sound over Water), de Mary Helena Clark 
- Viva a Baleia (Vive la Baleine), de Chris Marker e Mario Ruspoli
- As Estações (Vremena goda), de Artavazd Pelechian






Escuridão, Escuridão, Queimando Brilhante
Gaëlle Rouard, 2022


Filme díptico que explora uma paisagem rural com conotações míticas.

“Escuridão, escuridão, queimando brilhante,
Nas florestas da noite,
E o impulso louco desta alma perturbada,
E assim, a testa envolta em cobre, sob a lua”





A vaca que ruminaGeorges Rey, 1969

Primeiro é vaca, depois é vaca. Plano fixo de uma vaca que brinca com o realizdor e, assim, com a audiência. A vaca ruminante faz parte de um tríptico, composto pelo homem nu, a nascente do Loire, e a vaca ruminante. A primeira refere-se ao futuro, a segunda ao passado e a última ao presente.




Mala LecheNaomi Uman, 2003

Mala leche retrata uma família camponesa mexicana já não no México, mas na Califórnia. Os protagonistas perseguiram o Sonho Americano. Mas os seus sonhos não se realizaram. Desde ordenhar uma vaca no seu quintal no México até à indústria agropecuária na Califórnia.




O que os humanos vêem como sangue, os jaguares vêem como chichaLuciana Decker, 2023

No deserto rural da Bolívia, onde o presente mais importante é o vento que se move entre as flores e os animais, as pessoas que trabalham a terra, os que construíram artefactos antigos e objetos sagrados e os músicos que tocam a monseñada, nas ruas da cidade têm uma coisa em comum: o trabalho manual.




Som sobre a Água
Mary Helena Clark, 2009

O céu azul e o mar azul encontram-se na emulsão.




Viva a Baleia
Chris Marker e Mario Ruspoli, 1972


O historial das baleias e, de um modo geral, de todos os mamíferos marinhos. O texto de Chris Marker constitui um alerta para a ameaça de extinção das baleias se o massacre industrial prosseguir. "Cada baleia que morre lega-nos, como uma profecia, a imagem da nossa própria morte."




As Estações
Artavazd Pelechian, 1975

Artavazd Pelechian filma uma comunidade agrícola isolada na sua inexorável luta contra os elementos.