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As Residências da Matinha, conjuradas pela Miragem, propõe uma transposição do gesto criativo
para o colectivo, para o meio e para a comunidade. Num encontro prolongado no tempo entre uma artista com
um grupo de pessoas da ilha, quais os cruzamentos, aprofundamentos e questionamentos a surgir? Como se relacionam,
formal e conceptualmente as várias manifestações culturais? Que lugares se abrem neste diálogo e o que se cria?  


Entre 2024 e 2025 as Residências da Matinha recebem Sílvia das Fadas, Ivo Lopes, Miguel Abras, Marinho Pina,
Rita Morais e Sara Chang Yan para, em conjunto com artistas e artesãos locais, bem como com grupos específicos das
várias comunidades da ilha do Pico, conjurarem formas de criação colectiva. Cada residência reúne uma artista com um
grupo de pessoas da ilha do Pico, num encontro onde as práticas contemporâneas são formal ou metodologicamente
relacionáveis com específicas manifestações culturais da ilha e das comunidades que a compõe.






 







O FIO DO DESVIO

(
oferenda do pão)




Convida as mulheres do Pico a aprofundar colectivamente diversas histórias de sabotagem,
 com os seus usos e experiências concretas,
 enquanto modo de contraproducência, uma recusa em nos deixarmos consumir pelo trabalho,
 uma figuração da dissidência.

Que fome é esta que passou por aqui, que passa ainda? O que semeamos, colhemos, moemos, fermentamos, amassamos, tendemos, encantamos, cozemos e comemos?

Através de encontros e partilhas de saber-fazer, povoados por sementes e ritos propiciatórios, textos, sons e imagens em movimento, juntas pesquisaremos o que necessita ser sabotado, criando em conjunto um processo inventivo para vivermos de outra(s) forma(s), num lugar diferente daquele que nos foi atribuído.




Organizado pela Miragem com Sílvia das Fadas 





















MÃOS À OBRA




Lança-se um convite à inquietude, às mentes criadoras e aos corpos desejantes! Este é um convite para quem busca uma aproximação à prática da criação audiovisual. Propõe-se a realização de um filme, de forma colaborativa, capaz de acolher e potencializar os desejos e as habilidades manuais de cada participante da oficina. O nosso ponto de partida vem das práticas manuais tradicionais que encontramos na ilha do Pico — da construção em pedra ao artesanato, da pesca à música — e o desafio é o de encontrar uma forma de unir e fortalecer os saberes individuais que cada participante traga à conversa em uma única obra coletiva.  No movimento de tornar num bem comum o que nos é particular, como se tece a experiência individual em uma manufatura de diversos saberes? Como aprender e potencializar a experiência do outro a fim de fortalecer a comunidade? Co-laborar e aprender na gira. Mãos à obra!




Organizado pela Miragem com Ivo Lopes Araújo
















ENTRE VOZES E CORDAS




O que é a música? De que forma pode a música ser uma ferramenta para o quotidiano?  Inúmeras culturas utilizam o recurso musical para empreender tarefas diárias, atribuindo às suas actividades um teor musical através da repetição de padrões sonoros.  

Nesta residência vamos explorar de que forma se pode organizar um texto, pensamento ou poema para que este se transforme numa canção. Trabalhando a partir da cumplicidade musical proposta pelo universo tradicional da ilha do Pico, que liga os instrumentos, a voz e a improvisação, agarramos a poesia como recurso fundamental para a criação musical e analisamos as sílabas como células rítmicas do discurso musical.




Organizado pela Miragem com Miguel Abras, 
Jean-Daniel Senesi e Marcos Fernandez




Apresentação do resultado da oficina de canto, escrita e instrumentação a partir de temas do repertório tradicional açoriano, jazz de Gershwin e chamarrita no Auditório do Museu dos Baleeiros, a 1 de Junho de 2025, pelas 18h.